Numa sociedade marcada por grandes competições entre os agentes econômicos e produtivos, onde os atores buscam manter seus espaços e consolidar novos ganhos monetários e financeiros, a chave do sucesso se concentra na chamada inovação, instrumento central para alcançar o desenvolvimento econômico e melhorar as condições sociais e políticas.
Numa rápida retrospectiva do desenvolvimento econômico, todas as nações que conseguiram construir uma sociedade mais igualitária, marcadas pelas instituições políticas sólidas e consistentes, tiveram, em sua trajetória política marcada pelo fomento da inovação e o fortalecimento do empreendedorismo, angariando nossos espaços produtivos, com melhoras nos setores produtivos, enriquecimento da população, transparência crescente e maior respeitabilidade no cenário internacional.
As nações desenvolvidas construíram uma sociedade marcada pela inovação, conseguindo construir um ambiente ousado e cheio de novidades, criando políticas ativas e fomentando os setores educacionais, garantindo recursos monetários para melhorar o ambiente escolar, fortes investimentos em capital humano, capacitações constantes dos trabalhadores, taxas de juros reduzidas, estímulos crescentes em ciências, pesquisas e tecnologias e, principalmente, uma política que fortalecesse o pensamento científico, instrumento central para a construção de espaços de inovação e de empreendedorismo.
Um dos economistas mais importantes para compreendermos a importância da inovação, foi o austríaco Joseph Schumpeter, responsável pela publicação do livro “Capitalismo, socialismo e Democracia” onde destacou a chamada destruição criativa, responsável pelas grandes transformações tecnológicas da sociedade global, uma verdadeira revolução que destroem os modelos econômicos e produtivos existentes e constroem novos modelos de negócios, revolucionando as sociedades, criando novas oportunidades e, ao mesmo tempo, criem novos desafios e incertezas.
O economista austríaco Joseph Schumpeter nos mostra a importância da inovação, que contribui para a criação de novos produtos, bens ou mercadorias, gerando novos espaços de investimentos produtivos, que serve para movimentar todo o sistema econômico, gerando novos empregos, aumentando a renda agregada e garantindo novas oportunidades, novas perspectivas e mudando realidades.
As nações que conseguiram construir novos espaços de inovação e de empreendedorismo fizeram grandes investimentos em capital humano, um forte aporte na construção de um ambiente de inovação constante, reflexões críticas, questionamentos variados, inquietações crescentes e estímulos diversos para atrair pessoas e organizações empreendedoras. A educação é fundamental para a criação deste cenário de inovação, a construção de um projeto educacional consistente que dialoga francamente com a comunidade, com os setores produtivos e a sociedade civil, garantindo para que todos os setores chancelem o projeto e participem ativamente na estratégia de desenvolvimento.
Inúmeros países conseguiram consolidar espaços de crescimento econômico e produtivo através de fortes investimentos em inovação, melhorando as condições de vida da população, tais como o Japão, a Coréia do Sul, a China, dentre outros. Todas estas nações tiveram em comum, a capacidade de eleger a educação como o instrumento central para o desenvolvimento econômico, para isso, foi necessário a construção de um consenso interno, garantindo fontes sólidas de investimentos, uma valorização dos profissionais da educação, criando estímulos crescentes para atrair para a docência os melhores quadros da sociedade. O caminho do desenvolvimento econômico é espinhoso, cheio de desafios e turbulências, muitas nações menores que o Brasil conseguiram alcançar seu desenvolvimento e se transformaram em grandes potências tecnológicas, chegou a hora de seguirmos os bons exemplos de desenvolvimento econômico e deixarmos de lado ideologias ultrapassadas e reacionárias que servem para aprofundar nosso subdesenvolvimento.
Ary Ramos da Silva Júnior, Bacharel em Ciências Econômicas e Administração, Mestre, Doutor em Sociologia e professor universitário.

